Resumo: | Objectivo: Este estudo pretendeu examinar a velocidade da bola e a sua precisão no remate em quatro diferentes condições, tanto para o membro inferior dominante, como para o não dominante. Métodos: Participaram neste estudo dezasseis jovens futebolistas do escalão júnior (idade 17,56±0,63 anos, altura 176,06±5,94 cm, peso 67,89±5,19 kg e prática desportiva 8,13±2,63 anos). Todos cumpriram o mesmo protocolo de avaliação, no qual se inseriram quatro testes distintos, realizados com o membro inferior dominante e não dominante: remate com a bola parada em condições ideais; remate com a bola parada, com a divisão da baliza em duas partes iguais; remate após passe da bola de uma posição perpendicular à trajectória do remate e; remate após passe da bola de uma posição diagonal (45º) à trajectória do remate. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram que existem diferenças estatisticamente significativas (p ≤ 0.05) entre o membro inferior dominante e não dominante, em todas as condições de remate. Em termos de velocidade da bola no remate, relativamente ao membro inferior dominante, constataram-se diferenças significativas no remate dos onze metros em condições ideais (26,85 ms-1) comparativamente com: o remate após passe perpendicular da bola do lado direito (-1,12 ms-1) e esquerdo (-1,06 ms-1) e ainda com o remate após passe diagonal (45°) da bola do lado direito (-1,64 ms-1) e esquerdo (-1,11ms-1). Por sua vez, quanto ao membro inferior não dominante, verificaram-se diferenças significativas no remate dos onze metros para o lado direito da baliza (22,93 ms-1) em comparação com: o remate, nas mesmas condições, para o lado esquerdo da baliza (-1,05 ms-1) e remate após passe perpendicular do lado esquerdo (-0,97 ms-1). Os jovens que jogam na posição de médio revelaram uma maior velocidade da bola no remate (27,58 ms-1) com o membro inferior dominante. Por outro lado, os avançados produziram mais velocidade no remate (24,21 ms-1) com o membro inferior não dominante. Em termos de precisão no remate, relativamente ao membro inferior dominante, constataram-se diferenças significativas no remate dos onze metros em condições ideais (0,25) comparativamente com: o remate dos onze metros para o lado direito da baliza (+1,06). Conclusões: Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas na velocidade da bola do remate em condições ideais comparativamente com o remate precedido de um passe, no caso do membro inferior dominante, não se constatando o mesmo para o membro inferior não dominante. Aferiu-se que, em todas as condições de remate analisadas, a velocidade da bola do remate com o membro inferior dominante foi significativamente maior do que com o não dominante. Também se constatou no nosso estudo que existiu muito mais precisão no remate com o membro dominante e entre as diferentes condições de remate com o membro dominante, também foram encontradas diferenças significativas, principalmente entre o remate executado em condições ideais e para a esquerda da baliza.
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