Summary: | A fluência da circulação da informação, num mundo globalizado como é o atual, tem vindo a ser fortemente potenciada pelo desenvolvimento acelerado das Tecnologias da Informação e Comunicação. Num curto espaço de tempo, a Internet de alto débito tornou-se fundamental para as economias modernas [1], permitindo o acesso a serviços cada vez mais abrangentes e sofisticados, importando, portando, monitorizar o seu progresso. Um dos indicadores mais utilizados no contexto internacional para concretizar essa medição é a Taxa de Penetração da Banda Larga, reduzindo-se, muitas vezes, de forma abusiva, a discussão do progresso dos países e regiões em matéria de integração na Sociedade da Informação, à simples leitura deste indicador. O presente artigo pretende evidenciar, de forma clara, que estamos perante um indicador que, apesar de nos dar importantes sinais em matéria de disseminação da Banda Larga (BL), apresenta várias fragilidades que, inevitavelmente, prejudicam as conclusões que se podem retirar relativamente às políticas concretas que poderão, efetivamente, promover a Banda Larga. Consequentemente, a tendência abusiva de se utilizar apenas este indicador para medir o sucesso ou insucesso de políticas de desenvolvimento da Sociedade da Informação origina, portanto, análises redutoras e geradoras de erradas conclusões.
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