| Summary: | Os centros históricos assumem um papel fundamental na cidade e, por norma, encontram-se delimitados por muralhas, situados em terrenos com declives acentuados e apresentam uma estrutura densa e compacta. Pela sua localização central, como polo de origem dos aglomerados, e pelo facto de constituírem o espaço simbólico onde são reveladas a identidade e a diversidade cultural de uma cidade, os centros históricos apresentam características muito próprias e uma ambiência singular que devem, impreterivelmente, ser preservadas. Todavia, os centros históricos apresentam um conjunto de problemas que se podem resumir ao envelhecimento e obsolescência funcional do seu parque edificado, à degradação do seu espaço público e, sobretudo, à inadequação da sua malha urbana à circulação pedonal que, pela priorização do automóvel em detrimento das deslocações pedonais, apresenta graves problemas de acessibilidade e de mobilidade. As soluções mais comuns traduzem-se na reabilitação/recuperação/revitalização do conjunto edificado e dos espaços públicos, em consonância com o reordenamento da circulação automóvel e limitação do seu acesso a certas zonas, com a pedonalização de arruamentos, com a remoção das barreiras urbanísticas e arquitetónicas e com a instalação de percursos assistidos por meios mecânicos. Neste sentido, com uma intervenção apoiada em projetos de referência e no estudo dos princípios e ideais de intervenção num tecido urbano consolidado, procuramos resolver objetivamente os problemas que se verificam no Quarteirão das Verdades em pleno CHP. A nossa intervenção procura (re)habilitar o espaço público e o seu conjunto edificado, desenvolvendo percursos acessíveis e espaços de lazer que visam repor a harmonia e continuidade urbanística num espaço que se encontrava “esquecido” no CHP.
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