Território, poder e controlo. A dinâmica da Igreja e dos seus agentes nas actividades económicas da Lusitania durante a Antiguidade Tardia.

Na província da Lusitania, a estrutura económica do mundo rural tem padrões e agentes bem conhecidos. As actividades de cariz agro-pecuário são geridas a partir de villae, e os recursos económicos de primeira ordem (minas e pedreiras) poderiam ser controladas pela casa Imperial, ou por intermediário...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carneiro, André (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10174/27206
Country:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/27206
Description
Summary:Na província da Lusitania, a estrutura económica do mundo rural tem padrões e agentes bem conhecidos. As actividades de cariz agro-pecuário são geridas a partir de villae, e os recursos económicos de primeira ordem (minas e pedreiras) poderiam ser controladas pela casa Imperial, ou por intermediários que geriam as redes de extracção e distribuição. Com o progressivo desmantelamento da geoestratégia imperial, outros promotores surgem. Os dados são lacunares e dispersos, mas a gradual construção de templos cristãos marca a entrada da Igreja no domínio rural. Se na exploração do mármore os indicadores são ainda frágeis - mas sugestivos - e para a mineração não existem dados, temos sinais dispersos que mostram como a posse das propriedades fundiárias implica uma acção na actividade agrícola, em especial na produção de elementos como o vinho e o azeite que podiam ter finalidades litúrgicas, alimentando também o consumo sumptuário.