Resumo: | O artigo examina as práticas e os significados subjetivos que dividem o tempo parental e como estes moldam papéis parentais, identidades e a relação com a criança quer nas experiências de mães e pais separados, quer na aplicação da Lei do Divórcio N.º 61/2008. Com base num inquérito online, revela-se que a lei é resistida e manteve o uso do género para alocar tempo parental no regime de residência e contacto. Neste, as mães residentes vivem a relação entre a gratificação afetiva e identitária e a sobrecarga parental. Ao invés, os pais não residentes lidam com a privação parental e a submissão à paternidade tradicional. No regime de residência alternada abraça-se a partilha parental e os desafios da concertação educativa, nem sempre aceites na aplicação da Lei.
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