Resumo: | Neste trabalho foi estudada a origem de dois tipos de defeitos que ocorriam em canecas de grés obtidas por prensagem isostática e monocozedura. Ambos os tipos de defeitos correspondiam a depressões localizadas e profundas na superfície do vidrado após a cozedura e ocorriam preferencialmente em peças produzidas com o vidrado BS. Verificou-se que a localização dos defeitos do tipo I coincidia com crateras na camada de vidrado geradas durante a etapa de vidragem. Pelo contrário, os defeitos do tipo II apenas eram visíveis após a cozedura das peças. O estudo envolveu a caracterização dos materiais utilizados no fabrico das canecas e um conjunto de ensaios que permitiram identificar a origem dos defeitos e propor ações corretivas para a sua mitigação. No caso dos defeitos do tipo I, os resultados obtidos permitiram concluir que as depressões resultavam da retenção de bolhas de ar durante a vidragem, devido a uma velocidade excessiva de formação da camada de vidrado. Por seu lado, os defeitos do tipo II estavam associados à presença de um resíduo resultante do esponjamento automático das peças. Em ambos os casos, a fusibilidade insuficiente do vidrado BS dificultava a retificação das depressões resultantes durante a etapa de cozedura. A eliminação praticamente completa dos defeitos foi conseguida através do ajuste das condições de vidragem (defeitos do tipo I) e das condições de operação do sistema de acabamento automático (defeitos do tipo II).
|