Summary: | A imagem do colonialismo e sua abordagem foram construídas e modificadas em dois períodos distintos. Da independência nacional em 1975 até a introdução da Constituição em 1990, o colonialismo foi representado de forma dura e negativa, cujas narrativas construídas relacionavam-se com o seu caráter “explorador” ou “dominador”, “opressor”, “ambicioso”, “desumano”, “racista e discriminatório”, criador da desigualdade e da pobreza nas colónias. Por seu turno, o período subsequente, (1990 –a atualidade) o colonialismo foi e tem sido representado de forma crítica e reflexiva, com uma visão menos dicotómica e rígida que permite abordagem não apenas de aspetos negativos, mas também de positivos, tais como a herança de um conjunto de infraestruturas, a influência colonial na divisão político-administrativa, a difusão da ciência e das línguas europeias, entre outros. Estas são algumas conclusões da investigação na tese de doutoramento intitulada "Representações do Colonialismo nos Manuais Escolares de História do 1º Ciclo do Ensino Secundário geral no período pós-independência em Moçambique".
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