Resenha : crítica das ligações na era da técnica, lgações_links_liasions, Lisboa : tropismos

(Excerto) Um das maiores virtudes deste livro consiste, muito provavelmente, em convidar o(a) leitor(a) a refletir sobre um tema a partir de uma inscrição possível em duas áreas científicas importantes no âmbito genérico das Ciências da Comunicação, a sociologia da comunicação e a semiótica social....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Fábio Fonseca (author)
Format: article
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/36979
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/36979
Description
Summary:(Excerto) Um das maiores virtudes deste livro consiste, muito provavelmente, em convidar o(a) leitor(a) a refletir sobre um tema a partir de uma inscrição possível em duas áreas científicas importantes no âmbito genérico das Ciências da Comunicação, a sociologia da comunicação e a semiótica social. As duas quase que se abraçam ao mais fiel estilo de Vivien Leigh e Clark Gable no drama cinematográfico norte-americano de 1939, Gone with the wind. Se, à boa moda cinéfila, tivéssemos de escolher que disciplina mais se destaca, essa seria seguramente a semiótica social, pela insistência numa abordagem sensível à reprodução dos significados, neste caso da técnica na sociedade e na vida quotidiana. Naturalmente, este cruzamento temático não foi, de todo, deliberado. Em Crítica das Ligações na Era da Técnica, Ligações_Links_Liasions (Lisboa, Tropismos: 2001, ISBN: 972-95651-8-X, 336 pp. €19,50), José Bragança de Miranda e Maria Teresa Cruz colocam a questão das ligações no âmbito de uma sociedade marcada, como diz Paulo Cunha e Silva no prefá- cio, pelo novo «info-ser» (p.9), numa época em que «nunca tanto se falou de técnica» (p.11). Sendo o termo ligações um conceito tão vasto – e por que não ambíguo - de que forma é categorizada a ligação nesta contemporaneidade «profundamente marcada pelas tecnologias digitais»? (ibidem). O que talvez se torna importante constatar no final da leitura deste livro é o facto de muitas das questões colocadas permanecerem ainda sem resposta clara na atualidad.