Estudo numérico de juntas adesivas tubulares de sobreposição simples pelo Método de Elementos Finitos eXtendido

As juntas adesivas têm vindo a ser aplicadas em diversas áreas, devido às vantagens que estas apresentam relativamente às ligações mecânicas convencionais. O aumento da resistência, a redução de peso e a facilidade de fabrico são algumas das vantagens que esta técnica apresenta. Com a evolução na ap...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Eusébio, Serjio Manuel Lopes (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.22/12711
País:Portugal
Oai:oai:recipp.ipp.pt:10400.22/12711
Descrição
Resumo:As juntas adesivas têm vindo a ser aplicadas em diversas áreas, devido às vantagens que estas apresentam relativamente às ligações mecânicas convencionais. O aumento da resistência, a redução de peso e a facilidade de fabrico são algumas das vantagens que esta técnica apresenta. Com a evolução na aplicação de materiais compósitos, nomeadamente no setor aeronáutico e automóvel, a técnica de ligação adesiva tem assumido um papel fundamental como meio de ligação, visto que permite a ligação de materiais dissimilares, permitindo assim a construção de estruturas híbridas (materiais metálicos + compósito). A natureza do adesivo torna-se um fator fundamental dependendo do tipo de solicitações que a junta estará sujeita. Os adesivos comerciais podem variar desde rígidos e frágeis (como é o caso do Araldite® AV138) a adesivos flexíveis e dúcteis (como por exemplo o Araldite® 2015 e o Sikaforce® 7752). Esta dissertação tem como objetivo o estudo paramétrico de juntas adesivas tubulares de sobreposição simples quanto ao seu desempenho à tração com os adesivos supracitados e diferentes comprimentos de sobreposição (LO) pelo Método de Elementos Finitos eXtendido (MEFX), com ajuda da ferramenta de simulação/software ABAQUS®. O objetivo fundamental é avaliar a capacidade de previsão de resistência do MEFX, pela comparação com os respetivos resultados experimentais. É também efetuada uma comparação dos resultados obtidos com Modelos de Dano Coesivo (MDC). O estudo paramétrico numérico permite também avaliar de forma crítica o comportamento dos adesivos estudados neste tipo de junta, a distribuição de tensões de arrancamento (σy) e de corte (τxy) para LO=20 e 40 mm e a energia dissipada (Ediss) durante as simulações até a rotura. Concluiu-se que, com uma escolha correta dos critérios de iniciação e propagação de dano, o MEFX é um método viável e preciso para a previsão de resistência de juntas tubulares. Observou-se que, para juntas com LO pequenos (20 mm), o adesivo rígido e frágil (Araldite® AV138) apresenta melhores resultados de força máxima (Pmáx), quando comparado com adesivos dúcteis, mas menos resistentes. Por outro lado, o adesivo Araldite® 2015 (adesivo epóxido dúctil) apresenta o melhor comportamento dos três adesivos para LO maiores (40 mm). O adesivo poliuretano (Sikaforce® 7752) revelou ter o Pmáx inferior em ambas situações estudadas. Isto acontece devido à sua baixa resistência.