Summary: | Danos provocados por eventos sísmicos recentes comprovavam a existência de vulnerabilidades por parte dos edifícios de betão armado existentes. A limitada resistência sísmica deste tipo de estruturas deve-se à falta de regulamentação específica na construção dos primeiros edifícios de betão armado, associada a algumas opções de conceção e construção verificadas, nomeadamente, falta de pormenorização da armadura, utilização do betão com reduzida resistência e utilização de armadura lisa. As maiores debilidades observadas centram-se nas ligações viga-pilar, não apenas pelos fatores referidos, mas também pela elevada concentração de esforços que se verificam nestas zonas. Assim, a reparação e o reforço das ligações viga-pilar tornam-se essenciais para um eficaz desempenho global da estrutura face a ações cíclicas. Na presente dissertação realizou-se uma análise experimental, através de carregamentos cíclicos, de três provetes viga-pilar representativos do tipo de estruturas de betão armado construídas até à década de 1970, após terem sido ensaiados, reparados e reforçados. Os principais objetivos prendem-se com a realização de uma análise comparativa entre os resultados obtidos para os provetes reforçados e os provetes originais desenvolvidos no estudo de Garcia (2011), assim como uma avaliação crítica entre as diferentes soluções de reforço adotadas para os provetes. O reforço dos nós consiste na adição de armaduras exteriores, devidamente ancoradas aos provetes originais através de buchas metálicas e coladas com resina epoxy. A primeira solução que se pretende estudar apresenta apenas reforço nos pilares do provete. A segunda solução passa pelo reforço dos pilares e nó e a terceira solução consiste no reforço dos pilares, nó e vigas. Todas as soluções apresentadas são devidamente justificadas, dimensionadas e detalhadas e resultaram no aumento da capacidade resistente e/ou aumento da ductilidade conferindo assim um melhoramento do comportamento histerético das ligações
|