Resumo: | A avaliação da inteligência representa um dos domínios mais controversos da psicologia. Procurando inovar na área, a Bateria Aurora fundamenta-se na Teoria Triárquica da Inteligência (Sternberg, 2005). Esta bateria visa o diagnóstico da sobredotação através da avaliação da inteligência prática, analítica e criativa, apresentando itens figurativos, verbais e numéricos. Este artigo descreve os procedimentos considerados na adaptação portuguesa do instrumento, assim como resultados dos primeiros estudos para a sua validação. A amostra (N = 220) foi constituída por alunos do 4º ao 7º ano de escolaridade, provenientes de escolas públicas e privadas do distrito de Braga. Os resultados obtidos apontam para correlações positivas e moderadas entre o desempenho nos subtestes e o rendimento escolar dos alunos, o que vai no sentido da validade dos seus resultados. No entanto, verificam-se algumas fragilidades na replicação do modelo multidimensional da bateria, pois que os subtestes não se agrupam em função das inteligências avaliadas (analítica e prática), nem em função do conteúdo dos itens. Neste sentido, importa realizar novos estudos considerando amostras mais amplas e incluir a cotação dos itens de resposta aberta, maioritariamente presentes nos subtestes da inteligência criativa.
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