Sensitivity of freshwater diatoms to herbicides and metals: geography, phylogeny and biochemistry

Os ambientes aquáticos estão contaminados por muitos poluentes, incluindo pesticidas e metais. Tem sido demonstrado que as diatomáceas são sensíveis a tais micropoluentes. Estudos anteriores demonstraram grupos monofiléticos de diatomáceas com tolerância homogénea a herbicidas, pressupondo-se que a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Esteves, Sara Marina Cardoso (author)
Formato: masterThesis
Idioma:eng
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/21091
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/21091
Descrição
Resumo:Os ambientes aquáticos estão contaminados por muitos poluentes, incluindo pesticidas e metais. Tem sido demonstrado que as diatomáceas são sensíveis a tais micropoluentes. Estudos anteriores demonstraram grupos monofiléticos de diatomáceas com tolerância homogénea a herbicidas, pressupondo-se que a sensibilidade de um determinado grupo taxonómico é homogénea. Esta hipótese foi investigada com Nitzschia palea e Achnanthidium spp, espécies com sensibilidades distintas à poluição, bem como a diversidade filogenética, taxonómica e intra-específica. A hipótese original de sensibilidade do grupo monofilético aos herbicidas também foi testada. Trinta e nove estirpes, incluindo 11 de Achnanthidium spp e 14 de N. palea, foram submetidas a ensaios biológicos para avaliar a sua sensibilidade aos herbicidas atrazina, terbutrina, diurão e isoproturão. As estirpes de N. palea também foram testadas quanto à sua sensibilidade a metais, tais como o cádmio e cobre. Culturas mono-específicas foram expostas a estas substâncias durante 96 horas, após as quais se avaliou a inibição do crescimento. A sensibilidade das estirpes foi combinada com a sua filogenia para verificar a existência de uma ligação entre ambos. Para N. palea e Achnanthidium spp, a origem das estirpes também foi ponderada para estabelecer se a distância geográfica desempenhava um papel relevante na sensibilidade de estirpes de uma mesma espécie. Numa segunda fase, uma estirpe sensível e uma tolerante de N. palea foram expostas a atrazina, diurão, cádmio e cobre, e analisadas a nível bioquímico. Observou-se uma correlação entre a sensibilidade das espécies para todos os pesticidas, com excepção da atrazina. Quanto às espécies analisadas intraspecificamente, não se encontrou qualquer correlação para as estirpes de N. palea e Achnantidium spp quando expostas à atrazina, no entanto, para Achnantidium spp exposto aos outros herbicidas e N. palea exposta a metais verificou-se correlação entre isolados da mesma espécie. A distância geográfica entre isolados não contribuiu significativamente para a variação observada na sensibilidade, com excepção dos ensaios com metais. Ao nível bioquímico, o isolado tolerante e o sensível apresentaram diferentes estratégias, não havendo um parâmetro que se destacasse como possível biomarcador.