Summary: | O acidente vascular cerebral é a principal causa de morte e uma importante causa de incapacidade em Portugal. A incapacidade pós-AVC tem sido pouco valorizada, principalmente nos indivíduos com mais idade. Assim sendo, o primeiro capítulo deste trabalho incide sobre a temática do AVC, tendo como objetivo geral estudar se existem diferenças na incapacidade functional pós-AVC isquémico por faixa etária e género. Para tal, foram consultados os processos clínicos de 533 doentes admitidos num hospital regional, o CHCB, com diagnóstico de AVC isquémico, com o intuito de proceder à análise estatística de três escalas: NIH scale stroke, índice de Barthel e escala de Rankin. Com significancia estatística significativa, verificou-se que o género masculino, por oposição ao feminimo, foi avaliado como apresentando uma menor dificuldade para a realização de atividades de vida diária (ADL), e por conseguinte o génenro masculino é aquele que menos dependência de assistência de terceiros apresenta. Isto pode dever-se ao fato de no género feminino o primeiro AVC ocorrer geralmente em idades mais avançadas do que no homem. Outra explicação poderá relacionar-se com a diminuição dos níveis estrogénicos endogenos durante e após a menopausa. No que diz respeito ao estudo da avaliação do estado functional em função da faixa etária, não se verificaram diferenças estatísticas significativas. Contudo, os resultados mostram que na faixa etária ≥75 anos o nível de incapacidade funcional é maior, provavelmente devido à diminuição da capacidade que o organismo tem, de com a idade, conseguir recuperar dos danos causados pelo AVC. Em suma, e por último neste capítulo pode-se concluir que as mulheres e principalmente aquelas com mais idade, são o grupo populacional em pior estado funcional pós-AVC. O capítulo II e III relato a minha experiência de estágio na farmácia comunitária e na farmácia hospitalar. Pude constatar que cada vez mais pessoas (utentes, médicos, enfermeiros) procuram o farmacêutico para resolver um problema de saúde ou solicitar informação. A farmácia tem nos dias de hoje o foco virado para o utente, e este sem dúvida, deve ser o caminho, aliás, a meu ver não há outro.
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