Um olhar sobre quem cuida: dificuldades e resiliência do cuidador informal

Os avanços da medicina e a melhoria das condições socioeconómicas contribuíram para uma maior sobrevida e longevidade da população, o que se traduz num maior número de pessoas dependentes e/ ou com doença crónica. É neste contexto que surge um novo grupo de risco em termos de saúde, o cuidador infor...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Parente, Isabel Maria Conde (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/14684
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/14684
Descrição
Resumo:Os avanços da medicina e a melhoria das condições socioeconómicas contribuíram para uma maior sobrevida e longevidade da população, o que se traduz num maior número de pessoas dependentes e/ ou com doença crónica. É neste contexto que surge um novo grupo de risco em termos de saúde, o cuidador informal (CI). Este trabalho pretende avaliar as dificuldades e a capacidade de resiliência do CI de utentes integrados na ECCI´s da ULSNE, EPE. Tem como objetivos: identificar as dificuldades sentidas pelo Cl e a capacidade de resiliência face ao cuidar; analisar se as variáveis sociodemográficas e o grau de independência do utente interferem nas dificuldades sentidas pelo CI e na capacidade de resiliência; analisar, em que medida, a capacidade de resiliência do CI interfere nas dificuldades sentidas face ao cuidar. Para o desenvolvimento deste estudo de natureza quantitativa observacional, analítico transversal, recorremos à aplicação de um formulário, a 71 CI, constituído por variáveis sociodemográficas, Carers´Assessment of Difficulties Índex (CADI), Escala Breve Coping Resiliente (EBCR) e o Índice de Barthel (IB). Como principais resultados verificamos que, relativamente às dificuldades no cuidar, 67,6 % (n=48) CI obtiveram valores inferiores ao ponto médio (45) revelando menos dificuldades, 22,5% (n=16) apresentam valores superiores, revelando dificuldades no cuidar; 34,3% (n=24) dos CI referem baixa capacidade de resiliência, 38,6% (n=27) moderada e 27,1% (n=19) expressaram elevada capacidade de resiliência. As dificuldades sentidas e a capacidade de resiliência manifestada pelos CI são estatisticamente idênticas entre CI segundo as variáveis sociodemográficas. Os resultados evidenciam que quanto maior o nível de independência do utente, menor nível de dificuldade do CI. As correlações entre os fatores e score global da CADI e a capacidade de resiliência não apresentam qualquer diferença estatística. Os problemas que o CI enfrenta constituem um dos maiores desafios para os técnicos de saúde. Apoiá-los, no domicílio, é essencial para os orientar e auxiliar.