Summary: | O presente relatório foi realizado no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada (PES), integrado no plano de estudos do curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Neste relatório procurámos apresentar e refletir sobre Experiências de Ensino-Aprendizagem (EEA) variadas e relevantes, desenvolvidas com as crianças ao longo da PES. A prática pedagógica realizou-se numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, com um grupo de dezoito crianças da Creche, (dois anos de idade) e com um grupo de vinte e seis crianças na Educação Pré-Escolar, (cinco anos de idade). Por fim, estivemos em contacto com um grupo de vinte e uma crianças do 1.º ano de escolaridade do 1.º Ciclo do Ensino Básico (seis e sete anos de idade). Em cada contexto procurámos desenvolver EEA tendo em conta a articulação curricular, os interesses das crianças, atendendo aos diferentes ritmos de aprendizagem. Para tal, orientámos a ação educativa pelos documentos oficiais, Princípios Educativos em Creche, as Orientações Curriculares e Metas de Aprendizagem para a Educação Pré-Escolar e os Programas e Metas de Aprendizagem do 1.º Ciclo do Ensino Básico, integrando o tema “As transições entre níveis/ciclos educativos”. Neste sentido, procurámos dar resposta à seguinte questão problema: Como construir processos de transições educativa de qualidade a partir das perceções das crianças? Assim, considerámos pertinente definir os seguintes objetivos: (i) conhecer a perceção das crianças sobre a transição entre ciclos; (ii) perceber o papel dos intervenientes no momento de transição entre ciclos; (iii) analisar as perspetivas das crianças sobre a próxima etapa formativa; (iv) identificar estratégias que facilitem a adaptação das crianças em cada etapa formativa; (v) desenvolver competências que facilitem o processo de transição entre ciclos. Como metodologia optámos por uma investigação qualitativa, com recurso à observação participante, às notas de campo, produções das crianças, aos registos fotográficos e de áudio, a grelhas de registo de observação e entrevistas às crianças dos diversos contextos. Os dados analisados permitiram concluir que as crianças perspetivam a transição como algo positivo, que suscita entusiamo, mas também, inquietação, identificando diferenças entre a EPE e o 1.º CEB. O presente trabalho pode constituir uma reflexão sobre as estratégias e os intervenientes que podem facilitar a transição das crianças para diferentes contextos.
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