Adaptação transcultural Portugal - Brasil do Inventário de Burnout de Maslach para estudantes

OBJETIVO: Realizar a adaptação transcultural da versão em português do Inventário de Burnout de Maslach para estudantes e investigar sua confi abilidade, validade e invariância transcultural. MÉTODOS:A validação de face envolveu participação de equipe multidisciplinar. Foi realizada validação de con...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Campos, Juliana Alvares Duarte Bonini (author)
Outros Autores: Maroco, João (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.12/2500
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/2500
Descrição
Resumo:OBJETIVO: Realizar a adaptação transcultural da versão em português do Inventário de Burnout de Maslach para estudantes e investigar sua confi abilidade, validade e invariância transcultural. MÉTODOS:A validação de face envolveu participação de equipe multidisciplinar. Foi realizada validação de conteúdo. A versão em português foi preenchida em 2009, pela internet, por 958 estudantes universitários brasileiros e 556 portugueses da zona urbana. Realizou-se análise fatorial confi rmatória utilizando-se como índices de ajustamento o 2/df, o comparative fi t index (CFI), goodness of fi t index (GFI) e o root mean square error of approximation (RMSEA). Para verifi cação da estabilidade da solução fatorial conforme a versão original em inglês, realizou-se validação cruzada em 2/3 da amostra total e replicada no 1/3 restante. A validade convergente foi estimada pela variância extraída média e confi abilidade composta. Avaliou-se a validade discriminante e a consistência interna foi estimada pelo coefi ciente alfa de Cronbach. A validade concorrente foi estimada por análise correlacional da versão em português e dos escores médios do Inventário de Burnout de Copenhague; a divergente foi comparada à Escala de Depressão de Beck. Foi avaliada a invariância do modelo entre a amostra brasileira e a portuguesa. RESULTADOS: O modelo trifatorial de Exaustão, Descrença e Eficácia apresentou ajustamento adequado (2/df = 8,498; CFI = 0,916; GFI = 0,902; RMSEA = 0,086). A estrutura fatorial foi estável (: 2 dif = 11,383, p = 0,50; Cov: 2 dif = 6,479, p = 0,372; Resíduos: 2 dif = 21,514, p = 0,121). Observou-se adequada validade convergente (VEM = 0,45;0,64, CC = 0,82;0,88), discriminante (2 = 0,06;0,33) e consistência interna ( = 0,83;0,88). A validade concorrente da versão em português com o Inventário de Copenhague foi adequada (r = 0,21;0,74). A avaliação da validade divergente do instrumento foi prejudicada pela aproximação do conceito teórico das dimensões Exaustão e Descrença da versão em português com a Escala de Beck. Não se observou invariância do instrumento entre as amostras brasileiras e portuguesas (:2 dif = 84,768, p < 0,001; Cov: 2 dif = 129,206, p < 0,001; Resíduos: 2 dif = 518,760, p < 0,001). CONCLUSÕES: A versão em português do Inventário de Burnout de Maslach para estudantes apresentou adequada confi abilidade e validade, mas sua estrutura fatorial não foi invariante entre os países, apontando ausência de estabilidade transcultural.