Summary: | No passado, o automóvel era considerado um bem de cariz luxuoso. No decorrer dos anos, a economia acelerou a um ritmo, que incentivou o uso galopante deste. Nesta aceleração, assistiuse a um incremento considerável da sinistralidade e da pegada ecológica relativa à carbonização do meio ambiente, provocada direta e indiretamente pela utilização do automóvel. O incremento na utilização acarretou um aumento dos serviços de manutenção e de reparação. Todavia, as técnicas utilizadas nestes serviços nem sempre tiveram em conta a sustentabilidade ambiental, dando primazia à rentabilidade económica. Neste seguimento, o Acordo de Paris (2015) veio reforçar a necessidade de caminharmos para uma economia de baixo carbono. Atendendo aos interesses das várias partes (Governos, instituições públicas e privadas), urge integrar noções que visam uma produção ambientalmente eficiente. Efetivamente, para um rastreio eficaz da utilização de recursos e de mitigação do impacto ambiental, torna-se premente validar e aplicar conceitos como a ecoeficiência e a economia circular (a título exemplificativo). Para tornar verosímil a concretização destes objetivos, é necessária a restruturação do modelo económico atual e, consequentemente, a forma como as empresas produzem os seus bens e prestam os seus serviços. Desde a Indústria Automóvel aos serviços de reparação após-venda, vários são os conceitos e ações prementes que devem ser adotados. Com efeito, os serviços de reparação de colisão automóvel representam um forte impacto na pegada carbónica, como por exemplo: emissão de gases poluentes (energia gasta na pintura); utilização de papel e plástico (isolamento das viaturas); consumo de água (lavagens das viaturas reparadas); criação de resíduos resultantes da atividade de reparação (reciclados/não reciclados/transformados), entre outros. Neste ponto, torna-se importante desenvolver um modelo de avaliação de impacto ambiental que dê suporte ao setor, tendo como pano de fundo práticas sustentáveis. Desde a Indústria Automóvel aos serviços de reparação após-venda, vários são os conceitos e ações prementes que devem ser adotados. O pioneirismo destas ações são ainda uma surpresa para muitos e um campo vasto de experimentação e de descoberta. A interligação entre várias esferas, tendo por base o Tripple Bottom Line, com as componentes Económica, Social e Ambiental, facilmente lhe confere complexidade, necessidade de transversalidade e padronização, o que o faz deste um modelo base para os desafios da indústria no futuro. Neste sentido, devido aos atributos anteriormente explanados, os serviços após-venda, tanto de manutenção como de reparação de colisão, tão comprometidos com o final da cadeia, e sendo o rosto visível do setor perante o consumidor final, têm de corresponder na mesma proporção. Por seu turno, essas espectativas permitem que exista uma verdadeira mudança de comportamentos, ações e políticas. O trabalho desenvolvido teve como objetivo principal o desenvolvimento de um modelo de avaliação de impacto ambiental para oficinas de reparação de colisão automóvel. Perante este objetivo, obteve-se como resultado, uma ferramenta que sustente o controlo da pegada carbónica resultante da atividade de reparação de colisão.
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