Transporte sedimentar potencial a sul da embocadura do rio Mondego

O presente estudo tem como objetivo caracterizar o transporte sedimentar longitudinal potencial (capacidade de transporte) entre as embocaduras dos rios Mondego e Lis no período 1952-2010. Enquadra-se no âmbito de um estudo mais alargado, cujo objetivo é o estudo da dinâmica sedimentar costeira e a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Oliveira, J. N. (author)
Outros Autores: Oliveira, F. S. B. F. (author)
Formato: report
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/1008753
País:Portugal
Oai:oai:localhost:123456789/1008753
Descrição
Resumo:O presente estudo tem como objetivo caracterizar o transporte sedimentar longitudinal potencial (capacidade de transporte) entre as embocaduras dos rios Mondego e Lis no período 1952-2010. Enquadra-se no âmbito de um estudo mais alargado, cujo objetivo é o estudo da dinâmica sedimentar costeira e a previsão da evolução futura da linha de costa do mesmo trecho. O estudo baseia-se em modelação numérica dos processos físicos costeiros para determinar a série temporal (com frequência de 6 horas) de transporte sedimentar longitudinal potencial induzido pela agitação marítima e variação do nível do mar devida à maré astronómica e meteorológica, no período 1952-2010. Concluiu-se sobre a elevada variabilidade interanual e sazonal do transporte sedimentar longitudinal potencial, Qs, e confirmou-se a direção dominante da deriva para sul (em 46 dos 59 anos em estudo). Obtiveram-se volumes anuais médios de Qs Total e Resultante para sul de 918 e 270 x103 m3 e volumes anuais extremos de Qs Total 578 e 1 500 x103 m3. Da análise do diagrama de balanço sedimentar do ano de Qs Total médio e da distribuição de Qs ao longo do perfil transversal, concluiu se que grande parte do volume mobilizado se deve aos eventos com Hrms 2.00-5.00 m e Dir 295-305ºN e identificaram-se as zonas onde essa mobilização é mais intensa. Da análise à sazonalidade concluiu-se que no verão marítimo apenas existe potencial para mobilizar cerca de 60% do volume sedimentar mobilizado no inverno, sendo evidente nas duas estações marítimas a deriva resultante na direção sul. Da análise adicional aos anos de Qs Sul e Qs Norte máximos identificaram-se extensões da zona ativa do perfil de praia de 1 500, 2 270 e 1 970 m nos três anos referidos, respetivamente.