| Summary: | Nas últimas décadas, a interpretação do denominado “espaço-tempo” sofreu profundas alterações. As sociedades atravessam uma nova fase do processo de modernização, marcado pelas dinâmicas socioantropológicas de individualização, racionalização e diferenciação social, e pelos avanços tecnológicos com efeitos ao nível dos meios de transporte e da comunicação. Ao mesmo tempo, o papel da Arquitetura nas sociedades contemporâneas, também tem sido alvo de uma contínua transformação, afastando-se gradualmente da ideia do objeto arquitetónico como elemento estático, intemporal e “finalizado”, passando a compreender novas estratégias de resposta aos desafios do crescente sintoma de transitoriedade, expandindo simultaneamente, os limites e o poder de atuação da disciplina. A “mutabilidade”: qualidade do que muda facilmente, do que é versátil, caracteriza um conjunto de abordagens, baseadas no “tempo” enquanto impulsionador e condicionante da concepção projetual. Deste modo, as matérias apresentadas ao longo desta dissertação, tanto contemporâneas, como da história recente, e que foram exemplificadas através de 3 casos de estudo (distintos em termos de escala e nos seus contextos físicos, sociais e culturais), abrangem conteúdos relacionados com os espaços interiores flexíveis e adaptáveis, com as arquiteturas evolutivas e modulares, com a efemeridade e reutilização adaptativa, entre outros, criando uma base ideológica que procura estimular o desenvolvimento de inovadoras soluções, com vista a um futuro resiliente.
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