O populismo de direita no facebook: a campanha eleitoral do Chega para as eleições legislativas de 2019

Se nos EUA se ouve: não estamos meramente a transferir poder de uma Administração para outra, ou de um partido para outro - mas estamos a transferir poder de Washington, D.C. e a devolvê-lo a si, o Povo Americano.1 (Trump, 2017) Em Portugal lê-se: “(…)já CHEGAmos! Hoje o André Ventura, vai defender...

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Bibliographic Details
Main Author: Mendes, Catarina Joana Fonseca (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/21096
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21096
Description
Summary:Se nos EUA se ouve: não estamos meramente a transferir poder de uma Administração para outra, ou de um partido para outro - mas estamos a transferir poder de Washington, D.C. e a devolvê-lo a si, o Povo Americano.1 (Trump, 2017) Em Portugal lê-se: “(…)já CHEGAmos! Hoje o André Ventura, vai defender Portugal e os Portugueses”2. Esta foi uma das frases com que o Chega “celebrou” no Facebook a eleição de André Ventura, e qualquer semelhança com a citação de Trump não será coincidência. O populismo tem características específicas e os líderes populistas seguem padrões comunicacionais semelhantes. Os soundbytes do CH soam a populismo. A forma de difusão destas mensagens, via RSO, aumenta a sua visibilidade. Enquadrados teoricamente em conceitos de autores como Fuchs, Laclau, Müller, Mudde, analisaram-se as publicações feitas no Facebook do CH durante a campanha eleitoral para as legislativas 2019, concluindo-se que aquele discurso parece cumprir os requisitos de discurso populista de direita radical.