Resumo: | Introdução: Actualmente, a Enfermagem e os seus profissionais vivênciam momentos de grandes incertezas em virtude das transformações no sector da saúde em Portugal. Neste contexto o estudo teve como objectivos: conhecer o nível de satisfação profissional; identificar e hierarquizar as principais dimensões/factores que contribuem para a (in)satisfação; avaliar o nível de satisfação relativamente às dimensões estudadas; identificar a situação profissional dos enfermeiros especialistas relativamente ao vínculo profissional; percepcionar qual a realidade relativa ao exercício de funções na área da especialidade e identificar que factores se encontram associados à satisfação profissional. Método: Estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 118 enfermeiros detentores da especialidade de Reabilitação, na faixa etária dos 28 aos 55 anos (M= 38,86). Para a mensuração da nossa variável dependente utilizámos o Índice Descritivo do Trabalho. Resultados: Qualitativamente e de uma forma global, os enfermeiros tem satisfação profissional alta. Analisando as dimensões da satisfação, verificámos que a dimensão “trabalho em si mesmo”, teve a melhor média. Das dimensões em níveis de insatisfação a “remunerações” foi aquela que teve pior média. Das hipóteses colocadas como explicativas da satisfação profissional apenas não se verificou relação com o género, idade, tipo de vínculo profissional e a classificação das relações com os utentes. Conclusões: As evidências encontradas, em função dos melhores e piores resultados mostram concordância com a teoria de Herzeberg. Sugerem também um esforço no sentido da valorização do trabalho, da formação e das qualificações adquiridas, pois foi a esse nível que se obtiveram os piores resultados. Palavras-chave: satisfação profissional; enfermeiro; especialista; reabilitação.
|