Estudo prospetivo randomizado controlado cego sobre o uso de antieméticos em cães

O sinal clínico de vómito é muito comum na clínica de pequenos animais podendo estar associado a um vasto leque de etiologias. Devido ao facto do vómito poder conduzir a desequilíbrios eletrolíticos, desidratação, esofagites, pneumonias por aspiração, perda de apetite e peso é importante bloquear es...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Melo, Margarida Ferreira de (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/10205
Country:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10205
Description
Summary:O sinal clínico de vómito é muito comum na clínica de pequenos animais podendo estar associado a um vasto leque de etiologias. Devido ao facto do vómito poder conduzir a desequilíbrios eletrolíticos, desidratação, esofagites, pneumonias por aspiração, perda de apetite e peso é importante bloquear este reflexo. Os fármacos antieméticos que, geralmente, se utilizam como primeira abordagem são os antagonistas dos recetores da neuroquinina 1, Maropitant, embora os antagonistas dos recetores 5HT3 da serotonina (Ondansetron) comecem também já a ser utilizados na Medicina Veterinária. Tendo em conta a necessidade de um estudo que comparasse o efeito sinérgico dos últimos dois fármacos referidos, pretendeu-se com a presente dissertação averiguar se, em cães, haveria vantagens na utilização destes dois antieméticos em simultâneo, independentemente da etiologia que os doentes apresentassem. O presente estudo completou assim uma amostra de 30 cães admitidos no Hospital Veterinário da Arrábida, ao longo de um período de 1 ano, de 1 de Outubro de 2018 a 1 de Outubro de 2019, que se apresentassem na consulta de urgência com história de vómito ou presença deste sinal clínico, sinal clínico de náusea e perda de apetite e ainda que apresentasse uma classificação de presença de Sindrome de Resposta Inflamatória Sistémica (SIRS) positiva. Os resultados obtidos sugerem, com significância estatística p=0,035, que Ondansetron controla melhor o sinal clínico de vómito nas primeiras 12 horas de internamento, não havendo vantagem na associação entre o Maropitant e o Ondansetron. Também no grupo de controlo Ondansetron verificou-se uma significância estatística (p=0,02) em que a etiologia de doenças metabólicas apresenta internamentos inferiores ou iguais a 5 dias e as doenças infeciosas internamentos hospitalares superiores a 5 dias. Desta forma, conclui-se que a escolha do antiemético deve ser direcionada à doença que o doente apresenta, isto é, direcionado ao tipo de neurotransmissores que estão a ser estimulados, periféricos ou centrais.