A “invenção” do pecado original segundo Agostinho

Já os seus contemporâneos, mormente Juliano de Eclana, acusaram Agostinho de ter “inventado” o pecado original. Nos tempos mais recentes esta acusação ganhou novos adeptos. No presente artigo pretendemos mostrar até que ponto tal acusação é justa, analisando a resposta dada pelo próprio Agostinho. E...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lamelas, Isidro Pereira (author)
Format: article
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/10232
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/10232
Description
Summary:Já os seus contemporâneos, mormente Juliano de Eclana, acusaram Agostinho de ter “inventado” o pecado original. Nos tempos mais recentes esta acusação ganhou novos adeptos. No presente artigo pretendemos mostrar até que ponto tal acusação é justa, analisando a resposta dada pelo próprio Agostinho. Este, sempre que visado pela tese segundo a qual, ao falar do “pecado original” estava a inovar não só na terminologia, mas também na teologia, respondeu sempre argumentando que expunha e defendia a antiga doutrina unânime e universalmente professada pela tradição da Igreja. Para o provar, socorreu-se da autoridade dos Padres da Igreja, tanto latinos como gregos. O presente estudo centra-se precisamente na avaliação da “argumentação patrística” agostiniana para, deste modo, averiguarmos se o bispo de Hipona é ou não e em que medida “inovador” na forma como formula e defende a doutrina do pecado original.