Introdução de cobertos vegetais de leguminosas pratenses em olivais de sequeiro

Os cobertos vegetais protegem o solo da erosão e incrementam o sequestro de carbono com aumento favorável do teor de matéria orgânica. Se forem utilizados cobertos de leguminosas semeadas, para além do efeito reforçado do sequestro de carbono, devido à maior produção de biomassa, acresce o aumento d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dimande, Paulo (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/9923
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9923
Description
Summary:Os cobertos vegetais protegem o solo da erosão e incrementam o sequestro de carbono com aumento favorável do teor de matéria orgânica. Se forem utilizados cobertos de leguminosas semeadas, para além do efeito reforçado do sequestro de carbono, devido à maior produção de biomassa, acresce o aumento da pool de azoto (N) orgânico com consequências muito positivas na fertilidade do solo. Neste trabalho apresentam-se resultados de um ensaio cujo objetivo foi comparar o efeito de um coberto vegetal de leguminosas semeadas (uma mistura de 11 espécies/cultivares de leguminosas anuais de ressementeira natural de ciclo curto a médio) com um coberto de vegetação natural sem fertilização (tal como o coberto de leguminosas semeadas) e outro coberto de vegetação natural em que se aplicaram 60 kg N ha-1 ano-1. A recolha de dados decorreu durante o período de 2013-2014 no concelho de Suçães em Mirandela num olival jovem da cultivar Cobrançosa. O arranjo experimental foi um delineamento completamente casualisado com 3 tratamentos: talhão sob leguminosas pratenses; talhão sob vegetação natural com adubação azotada; e talhão sob vegetação natural sem adubação azotada. Foi avaliada a produção, o estado nutritivo das árvores, a disponibilidade de azoto no solo e a performance competitiva das 11 espécies/cultivares de leguminosas. Os resultados mostraram um efeito benéfico das leguminosas pratenses na produção de azeitona (17,8, 11,5 e 6,8 kg/árvore, respetivamente nos talhões leguminosas, vegetação natural fertilizada com azoto e vegetação natural não fertilizada), no estado nutritivo azotado das árvores e na disponibilidade de azoto no solo. Em função disso, pode concluir-se que os cobertos vegetais de leguminosas pratenses originaram resultados mais interessantes que a aplicação de 60 kg N ha-1 ano-1. As diferentes espécies de leguminosas pratenses apresentaram maturação diferenciada. Dalkeith e Nungarin foram as cultivares mais interessantes por fixarem azoto em quantidades relevantes e apresentarem ciclo curto, aspeto muito benéfico para os pomares de sequeiro, em que a disponibilidade de água é o principal fator limitante.