Arquitectura do Ferro : reabilitação do edifício nº 26 a 39 na rua Mouzinho da Silveira Porto

A arquitectura do ferro no Porto é forte pelo ecletismo e pela sua monumentalidade, sendo uma das âncoras do movimento turístico da ribeira portuense e um dos polos de maior atracção. Cidade considerada Património Mundial, delimitada pela zona histórica, pontilhada por vielas e calçadas antigas, dem...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Couto, Lúcia Elisabete Azevedo (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11067/3003
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/3003
Description
Summary:A arquitectura do ferro no Porto é forte pelo ecletismo e pela sua monumentalidade, sendo uma das âncoras do movimento turístico da ribeira portuense e um dos polos de maior atracção. Cidade considerada Património Mundial, delimitada pela zona histórica, pontilhada por vielas e calçadas antigas, demarcadas por construções medievais e modernas, sofreu transformações urbanísticas durante o século XX. Dessas transformações, destacam-se o Mercado Ferreira Borges, o Palácio da Bolsa, a Ponte Luís I, a Gare da Estação de S. Bento e o edifício da Nova Alfandega, que foi recentemente recuperado pela coordenação do arquitecto Souto Moura, e que é lugar de vários eventos e exposições na cidade. Estas obras, com as transformações que foram sofrendo ao longo dos anos, marcam a antiga cidade e segundo os valores e princípios da sua época a embelezam, com a influência de modelos internacionais, especialmente modelos ingleses e franceses. A base metodológica deste trabalho centrou-se em pesquisa bibliográfica (livros, teses de doutoramento, jornais e revistas cientificas). Foram também efetuados registos fotográficos nos locais em estudo, fazendo a comparação entre os registos bibliográficos e os registos fotográficos e desenhos. Resumimos este trabalho em 6 palavras-chave: a arquitectura de ferro, que apareceu no século XIX com a industrialização, iniciando-se na arquitectura com as exposições universais de Londres, Paris e Porto. Introduz a construção modular e a capacidade de realizar obras arquitectónicas como esculturais. Com a industrialização chegam as fábricas de fundição à cidade do Porto que, com o desenvolvimento e aperfeiçoamento da arte de fundir o ferro, produziram belas obras de arquitectura com desenhos nunca antes conseguidos em ferro. As grades, espalham-se pela cidade nas fachadas dos edifícios, com desenhos modulares ou repetitivos, sendo personalizados ao gosto do cliente. Os ornamentos dão à arquitectura de ferro um maior destaque pelas obras artisticamente trabalhadas, como exemplo nas montras de lojas. Recuperar é possível, apesar das fundições do século XIX já não existirem, é possível resgatar os elementos em ferro fundido, como por exemplo na Companhia Industrial de Fundição em Gondomar. E por último, reabilitar. Onde a proposta de reabilitar os alçados de um edifício de habitação e comércio, com elementos em ferro fundido, ganha consistência. Acreditamos, que este trabalho tenha contribuído para demonstrar a beleza desta arquitectura, que esperemos perdurem por largos anos os vários elementos decorativos apresentados, servindo também de estímulo para recuperar as peças degradadas, que tanto contribuem para demonstrar esta arte de trabalhar o ferro.