Resumo: | O objectivo deste trabalho consistiu em estudar a aplicação de técnicas electroquímicas de tratamento de efluentes como uma alternativa/complemento aos métodos biológicos e de filtração por membranas para o tratamento de lixiviados de aterros sanitários. Para isso, usaram-se amostras reais de uma ETAL, colhidas antes e após o tratamento biológico e no fim da linha de tratamento, no permeado de ultrafiltração, tendo-se efectuada a colheita em três épocas diferentes do ano. As amostras recolhidas foram submetidas a tratamentos consecutivos de electrocoagulação e de oxidação anódica, tendo-se usado como parâmetros de controle os sólidos suspensos (SS), os sólidos dissolvidos (SD), a carência química de oxigénio (CQO), o carbono orgânico total (TOC), a espectrofotometria de absorção no ultravioleta-visível, a condutibilidade eléctrica, o azoto total de Kjeldahl e o azoto amoniacal. No estudo de electrocoagulação, efectuado com eléctrodos consumíveis de ferro, analisou-se a influência do potencial aplicado, da correcção ao pH e da existência de agitação. De um modo geral, as condições experimentais que levaram à obtenção de resultados mais favoráveis foram a aplicação de uma diferença de potencial de 4 V, em ensaios em que não se efectuou a correcção ao pH e que decorreram sem agitação. As amostras obtidas no tratamento de electrocoagulação nas condições experimentais consideradas como as mais eficientes foram, posteriormente, submetidas ao tratamento de oxidação anódica, tendo-se estudado a aplicação de dois materiais de ânodo diferentes – o diamante dopado com boro (BDD) e o Ti/Pt/PBbO2. O BDD mostrou ser ligeiramente superior ao Ti/Pt/PBbO2, tendo-se obtido melhores remoções para todos os parâmetros de controlo, em menor tempo.
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