Incidência e características de lesões no futebol : estudo comparativo entre diferentes idades, 12-18 anos

Estudos epidemiológicos sobre as características e incidência de lesões em futebol são essenciais para a prevenção das mesmas. Contudo, estudos sobre esta problemática são reduzidos e quando abordados em jovens praticantes ainda mais preocupante se torna pois, estes estão limitados na sua grande mai...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Grave, Bruno Magno Silva (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.6/3317
Country:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3317
Description
Summary:Estudos epidemiológicos sobre as características e incidência de lesões em futebol são essenciais para a prevenção das mesmas. Contudo, estudos sobre esta problemática são reduzidos e quando abordados em jovens praticantes ainda mais preocupante se torna pois, estes estão limitados na sua grande maioria aos praticantes profissionais de elite. Neste estudo, procurou-se comparar as caraterísticas e incidências de lesão em jovens com idades entre os 12 e os 17 com uma média de 14,3 anos (±1,7) da formação de um clube profissional de futebol, na época 2011/2012. Foi realizada uma análise retrospetiva da ocorrência de lesões através da aplicação de um questionário inspirado no F-MARC. Numa fase inicial foi aplicado um teste piloto com o objetivo de aferir pequenos erros ou alguma falha na interpretação que pudesse influenciar o tratamento de dados. A amostra (n=154) foi dividida pelos grupos etários S-13 (31), S-14 (28), S-15 (25), S-16 (23), S-17 (25) e S-18 (22), do Clube Desportivo Feirense, participante nas competições nacionais e distritais de Aveiro. O questionário era composto por cinco perguntas que englobam as características da lesão (o número de lesões sofridas durante a época, a ocasião da lesão (jogo ou treino), a lateralidade, a localização anatómica e a gravidade (dias de ausência). Foram usadas tabelas descritivas e de frequência para as variáveis dependentes. Os dados foram tratados para um nível de confiança 95% (p<0.05). Os resultados mostram 165 lesões nos 154 jogadores, sendo que destes, 117 (74,7%) tiveram pelo menos um episódio de lesão e 37 (25,3%) não apresentaram qualquer tipo de lesão ao longo da época. O número de jogadores com ocorrência de lesão aumenta ao longo da idade. Os grupos S-17 com 88% e S-18 com 86.4% apresentaram mais jogadores lesionados em comparação com os outros grupos mais novos. O S-13 foi o grupo que mais jogadores deteve sem ocorrência de qualquer tipo de lesão (38%). As localizações mais observadas foram a coxa (34, 20.6%), joelho e pé (25,15.2% cada), tornozelo (20, 12.1%) associados ao mecanismo choque com adversário e mudança de direção (p<0.05). Verificou-se uma incidência em treino 2.5(±0.2) /1000h de exposição e em jogo 24.7 (±7.6)l/1000h de exposição. A incidência média para o total de exposição foi de 4.1l(±0.4)/1000h de exposição. Os jovens apresentam um risco considerável de lesão e são necessárias estratégias de prevenção que possam reduzir esses mesmos riscos.