Resumo: | A presente dissertação surge com o propósito de aumentar o conhecimento da estabilidade das vigas de secção transversal esbelta (classe 4) a frio quando submetidos à flexão, sendo o comportamento dominado essencialmente por dois fenómenos de encurvadura: a local e a lateral. Nas atuais regras de dimensionamento da parte 1-1 do Eurocódigo 3, estes dois fenómenos de instabilidade são considerados de forma isolada e, no presente estudo, estas regras são analisadas e comparadas com os resultados numéricos, concluindo que não são as mais adequadas, especialmente porque o cálculo da resistência das secções transversais de Classe 4 é demasiado conservativo. Um estudo recente e alargado do fenómeno de encurvadura lateral de vigas de classe 1 e 2, deu origem a novas fórmulas de cálculo que deverão ser adotadas na futura revisão do Eurocódigo, contudo no presente trabalho é demonstrado que para as secções transversais esbeltas (classe 4) essa mesma proposta é conservativa tendo uma percentagem de amostras insegurança considerável. Por outro lado, estudos recentes apontam para que os dois fenómenos devam ser tratados em conjunto e com base em novas propostas é estudada a viabilidade das mesmas tendo sempre como termo de comparação as normativas em vigor. No que diz respeito ao estudo numérico utilizado, este foi efetuado com elementos finitos de casca com o auxilio do programa SAFIR, em perfis soldados em I, considerando imperfeições geométricas e tensões residuais. Como objetivo principal, esta dissertação visa dar um contributo importante às novas gerações de Eurocódigos, são desenvolvidas regras mais eficazes e rentáveis para o cálculo estrutural para estes elementos
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