Conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos pediatras em relação à saúde oral

A infância é o período de vida predileto para dar início a hábitos saudáveis, nomeadamente no que diz respeito à saúde oral. De facto, a saúde oral desempenha um papel preponderante na manutenção da saúde geral das crianças. Deste modo, surge a necessidade de avaliar os conhecimentos, atitudes e prá...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Moreira, Telma Filipa Nunes da Silva (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/26132
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/26132
Description
Summary:A infância é o período de vida predileto para dar início a hábitos saudáveis, nomeadamente no que diz respeito à saúde oral. De facto, a saúde oral desempenha um papel preponderante na manutenção da saúde geral das crianças. Deste modo, surge a necessidade de avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos pediatras acerca da saúde oral, uma vez que o doente pediátrico visita, mais frequentemente, estes clínicos, em detrimento do médico dentista, especialmente nos primeiros anos de vida. Realizou-se um questionário anónimo a 118 médicos pediatras, distribuído eletronicamente, e passível de ser respondido de 17 de Outubro a 2 de Dezembro de 2017. Os resultados foram analisados estatisticamente no SPSS (versão 23 ®) para Windows 7, constatando-se que 91,5% (n=108) dos clínicos refere que observa, por rotina, a cavidade oral e os dentes do doente pediátrico. Face aos medicamentos líquidos pediátricos, apesar da maioria dos médicos pediatras considerar que pode haver ou há relação comprovada entre lesões de cárie dentária e a sacarose, presente nos xaropes, quando tomados cronicamente, apenas 50,8% (n=60) recomenda visitas periódicas ao médico dentista, sendo que os clínicos que exercem há cinco ou mais anos (p-value=0,006) apresentam mais esta preocupação. Relativamente ao diagnóstico e encaminhamento de doentes com lesões de cárie dentária,72,9% (n=86) dos clínicos não encaminha pacientes com lesões iniciais de cárie dentária (lesão de mancha branca) para o médico dentista. Além disso, a maior percentagem (59,3%, n=70) considera que a cárie dentária não é uma patologia transmissível de forma vertical, sendo esta resposta mais evidente (p-value=0,007) nos clínicos que exercem há menos de cinco anos (73,1%). No que concerne a hábitos deletérios, a maioria dos médicos pediatras (49,5%, n=50) considera que a sucção da chupeta deve ser cessada aos 24 meses de idade, sendo esta preferível em detrimento da sucção digital (73%, n=73). Esta opinião é ainda mais notória (p-value= 0,022) nos médicos que exercem há cinco ou mais anos (87,8%). Em suma, conclui-se que, embora os médicos pediatras apresentem boas práticas no que concerne à observação dentária das crianças, verificaram-se algumas lacunas que requerem atenção.