Summary: | Este trabalho produz uma reflexão teórica sobre a relação entre a temática do ambiente construído/-edificado e o pensamento complexo, abordando as possibilidades e implicações que surgem no processo e procurando um caminho para a integração de Arquitetura e Urbanismo na Teoria da Complexidade. A Teoria da Complexidade é um paradigma disciplinar de consequências tecnológicas e filosóficas/-epistemológicas que aborda os espaços no fim da razão clássica onde às variáveis de um problema se sobrepõem as relações entre elas. O trabalho descreve as várias propriedades dos sistemas ditos complexos para, munido dessas ferramentas, estabelecer e validar as relações que se façam com a temática do ambiente construído: num primeiro ponto à escala da cidade; e num segundo chegando aos edifícios que a compõem. A escala da cidade remete para o processo de evolução destas estruturas, que na ausência de um controlador central, e pela escala temporal superior à dos indivíduos que as habitam, introduz a ideia de todo auto-organizado. À escala do edificado estuda-se a interação entre indivíduos – comum às várias escalas de análise ainda que com manifestações formal e funcionalmente diferentes –; a interação entre partes de um edifício; e a adaptabilidade das estruturas através de uma interação entre partes que seja responsiva à interação entre indivíduos – a conjugação dos dois pontos prévios. O trabalho desenvolve um conjunto de modelos que, sem pretenderem ser exaustivos, procuraram demonstrar como a assimilação do pensamento complexo em Arquitetura permite a avaliação, no período de projeto, de cenários para a pós-ocupação de edifícios.
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