A musicoterapia no tratamento de crianças com perturbação do espectro do autismo

Ao longo deste caminho encontrei duas paixões, a Medicina e a Música, e nesse sentido optei por realizar um trabalho onde pudesse conjugar estas duas artes. Assim nasceu esta dissertação… a música como opção terapêutica nas crianças com perturbação do espectro do autismo… A nossa sociedade costuma p...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Padilha, Marisa do Carmo Prim (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2012
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/833
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/833
Descrição
Resumo:Ao longo deste caminho encontrei duas paixões, a Medicina e a Música, e nesse sentido optei por realizar um trabalho onde pudesse conjugar estas duas artes. Assim nasceu esta dissertação… a música como opção terapêutica nas crianças com perturbação do espectro do autismo… A nossa sociedade costuma padronizar as pessoas como "normais", quando se comportam todas de forma igual, e muitas vezes evita as que parecerem "esquisitas" ou diferentes da maioria das pessoas conhecidas. As crianças com perturbação do espectro do autismo apresentam, desde cedo, um distúrbio severo do desenvolvimento, principalmente, relacionado com a comunicação e a interacção social; contudo, podem apresentar incríveis habilidades motoras, musicais, de cálculo matemático complexo, de memória e outras. A música, ao fazer parte da nossa História, que se vai construindo e que depois separamos no tempo passado e presente, faz parte do nosso processo dinâmico de identidade; age sobre a cultura que lhe dá forma e de onde ela deriva, ao mesmo tempo em que se insere na estrutura dinâmica onde ela própria se formou. A música tem significado para cada pessoa na medida em que se vincula à experiência vivida, passada e/ou presente. Os significados da música são, então, sociais e singulares, construídos, criados e recriados nas relações e acções condizentes com o que é vivido e experimentado. A música, cujo efeito sobre a mente é inegável, e é muito utilizada em técnicas de relaxamento, apresenta a vantagem de ser muito apreciada pelas crianças com perturbação do espectro do autismo e por isso a musicoterapia é a primeira técnica de aproximação com estas crianças. As experiências musicais que permitem uma participação activa (ver, ouvir, tocar) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve a acuidade auditiva, ao acompanhar gestos ou dançar ela trabalha a coordenação motora, o ritmo e a atenção, ao cantar ou imitar sons ela descobre as suas capacidades e estabelece relações com o ambiente em que vive. Para a realização desta dissertação foi necessária a leitura de numerosos artigos. A recolha bibliográfica foi realizada através de pesquisa electrónica em vários jornais e revistas de grande interesse na área da medicina, nomeadamente nos seguintes: American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, Journal of Autism and other Developmental Disorders, Journal of Autism and other Developmental Disorders, The New England Journal of Medicine, American Academy of Paediatrics, Journal of Clinical Psychiatry, British Journal of Disorders of Communication, entre outros. Também foram utilizados vários livros sobre o tema.