As artes plásticas, como forma de arquitectura

O artista intervém num espaço e expõe a sua interpretação do sítio. Eduardo Nery e a sua arte funcionam como elemento unificador numa arquitectura feita de sobreposições. Há uma lucidez, própria do design, que faz com que a sua intervenção e arquitectura sejam uma só. Por outro lado, não se trata de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Amaro, Pedro Manuel Silva (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/8763
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/8763
Descrição
Resumo:O artista intervém num espaço e expõe a sua interpretação do sítio. Eduardo Nery e a sua arte funcionam como elemento unificador numa arquitectura feita de sobreposições. Há uma lucidez, própria do design, que faz com que a sua intervenção e arquitectura sejam uma só. Por outro lado, não se trata de um domínio clássico do espaço, pois a fundamentação do seu trabalho não reside nos elementos estáticos , mas sim no espaço imaterial, no movimento. Chorão Ramalho necessita, também, das artes, para a construção de um ambiente que destrua a sua arquitectura. As artes, aplicadas nos seus edifícios, funcionam como um meio de comunicação entre a arquitectura e as outras disciplinas, assim como, estreita a relação com o lugar onde é implantada.Em grandes cidades, compostas de confusão, a arquitectura, como disciplina isolada, não pode dar uma resposta consistente aos seus problemas. Quando são trazidas novas áreas do conhecimento e novos olhares, o seu efeito torna-se mais abrangente. Isto prende-se com a consciência de que cada vez mais a arquitectura é uma multiplicação de disciplinas politicas, sociais, culturais, económicas e artísticas. As suas singularidades tendem gradualmente a desvanecerem-se. As cidades contemporâneas não têm integridade suficiente para ditar uma linha a seguir pelas intervenções arquitectónicas que as pontuam. Desta forma, será, logicamente, difícil a arquitectura atender à unidade de uma cidade. Então, talvez o objectivo da arquitectura seja tentar dar credibilidade a estes contextos descaracterizados e ambíguos. É nestes cenários, onde surge a arte no espaço público e na arquitectura, é como que uma demonstração de humanidade num lugar onde a força mecânica das cidades se torna sufocante.