Childhood Obesity Surveillance Initiative: COSI Portugal 2010

A obesidade infantil apresenta-se como um dos mais sérios problemas de saúde pública, quer no espaço Europeu, quer no resto do mundo. A taxa de crescimento desta doença tem-se mantido constante, acrescentando 400000 crianças por ano, aos já existentes 40-50 milhões de crianças com excesso de peso. A...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rito, Ana Isabel (author)
Other Authors: Paixão, Eleonora (author), Carvalho, Maria Ana (author), Ramos, Carlos (author)
Format: report
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.18/1109
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/1109
Description
Summary:A obesidade infantil apresenta-se como um dos mais sérios problemas de saúde pública, quer no espaço Europeu, quer no resto do mundo. A taxa de crescimento desta doença tem-se mantido constante, acrescentando 400000 crianças por ano, aos já existentes 40-50 milhões de crianças com excesso de peso. A Organização Mundial da Saúde (OMS), no seguimento da aprovação da Carta Europeia de Luta Contra a Obesidade, lançou uma iniciativa a pedido dos Estados-Membros da Região Europeia com a intenção de instalar um sistema de vigilância da obesidade infantil. O WHO - European Childhood Obesity Surveillance Initiative, constitui o primeiro Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil. Portugal assumiu a coordenação Europeia desta iniciativa em 2007 e a nível nacional este estudo denomina-se “COSI – Portugal". Sendo Portugal um dos países com maior prevalência de obesidade infantil com a morbilidade e mortalidade associada e ainda os elevados custos que a determinam, o combate a esta doença e a sua prevenção constituem-se como uma prioridade política, nomeadamente do Ministério da Saúde. Neste contexto, houve a necessidade de se estabelecer a implementação de um sistema de vigilância simples, padronizado, harmonizado e sustentável constituindo uma medida claramente importante para corrigir a lacuna que existe na obtenção de informação sobre o estado nutricional e avaliação e monitorização da prevalência de obesidade em crianças, permitindo também identificar grupos em risco. O COSI-Portugal tem como principal objetivo criar uma rede de informação sistemática, comparável entre os países da Europa, sobre as características do estado nutricional infantil de crianças dos 6 aos 8 anos de idade. No primeiro ano de avaliação (2007/2008) participaram 13 países dos 22 inscritos. No segundo ano de avaliação (2009/2010) juntaram-se quatro novos países aos 13 já participantes: Grécia, Hungria, Macedónia e Espanha. Em Portugal este projeto foi articulado com as Administrações Regionais de Saúde do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Algarve, Alentejo e com as Direcções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira. De acordo com a listagem oficial das escolas do 1º ciclo do Ensino Básico (2007/2008) do Ministério de Educação, foi seleccionada uma amostra representativa nacional, na qual a unidade amostral é a escola. O estudo em questão baseia-se no modelo da epidemiologia descritiva, com amostras transversais repetidas de avaliação do estado nutricional de crianças do 1º ciclo do ensino básico português. As escolas seleccionadas constituem a “Rede de Escolas Sentinelas” onde decorre o COSI-Portugal a cada 2-3 anos. Foram avaliadas 4064 crianças dos 6 aos 8 anos (média de idades: 6,97 anos ± 0,72) do 1º e 2º ano de 176 escolas. A metodologia aplicada seguiu o protocolo comum a todos os países participantes. As crianças foram avaliadas através de parâmetros antropométricos (peso e estatura) por 164 examinadores que receberam o mesmo treino de uniformização e qualidade de procedimentos. Para a classificação do estado nutricional foram utilizados os 3 critérios internacionalmente reconhecidos (IOTF, CDC e OMS). Foram ainda aplicados mais dois questionários compreendo variáveis relativas à família e ao ambiente escolar. É de notar que a participação neste estudo foi de 78,6% das crianças inicialmente inscritas, 93,1% de escolas e 84,2% de famílias.