Resumo: | As lesões têm um impacto negativo na saúde dos atletas ao longo dos anos, afetando consequentemente a qualidade de vida, têm um impacto negativo na performance da equipa e na economia do clube. O futebol feminino está a aumentar a sua popularidade de forma global, e deste modo existe uma maior necessidade de se investir no desenvolvimento do mesmo, sendo fundamental investir na investigação. O objetivo desta dissertação é compreender qual a influência dos vários fatores de risco na incidência de lesões em atletas de futebol feminino a competir em Portugal. Esta investigação centra-se na identificação de dados epidemiológicos na prevenção de lesão e análise sobre os fatores de risco, em atletas de futebol feminino. A investigação, encontra-se dividida em 2 estudos: estudo 1 – Prevenção de lesões no futebol feminino. Revisão Narrativa; estudo 2 – Associação entre os fatores de risco idade, qualidade de sono e qualidade de vida com a incidência de lesões em atletas de futebol feminino. Um estudo transversal. Os resultados obtidos verificam uma incidência de lesões de 69,9%, sendo que a região com maior incidência de lesão foram os membros inferiores (85,5%), mais especificamente, no tornozelo (34,5%), joelho (29,8%) e coxa (15,5%). Em relação ao tipo de lesão, as mais frequentes foram as ligamentares e articulares (44%), seguidas de lesões musculo-tendinosas (33,3%). Verificou-se ainda uma correlação significativa entre a qualidade de sono e a qualidade de vida das atletas (p<0.01). Por fim, atletas mais jovens apresentaram uma maior incidência de lesão (p<0.05), atletas com maiores niveis de qualidade de vida apresentaram menor incidência de lesão (p<0.05) e atletas com menor qualidade de sono apresentam uma maior incidência de lesão (p<0.01). Conclui-se que os dados epidimiológicos são semelhantes com estudos de outros países e que o fator idade poderá não ser tão importante caso a qualidade de vida e a qualidade de sono sejam boas.
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