| Resumo: | A problemática da liderança escolar tem sido objeto de particular atenção reflexiva e empírica, em particular nos anos 80 do século passado, devido em larga medida à sua ligação intrínseca não só ao desenvolvimento em torno das teorias das organizações, mas também à ideia de ser uma condição de sucesso do serviço prestado pelas escolas. Com efeito, existe uma aturada investigação sobre liderança escolar, tendo em conta a sua relação com a “organização escolar” (cultura, comunicação, clima, normas, práticas, etc.) e o modo como se configura em termos de modelos/estilos, tais como os que são apresentados por Glanz (2003) e Bass e Avolio (2004). Neste sentido, o presente estudo pretende conhecer a forma como a gestão das escolas não agrupadas e agrupamentos se está a desenvolver no presente quadro normativo (Decreto-lei nº75/2008, de 22 de abril e alterações), sobretudo no que concerne à caraterização do modelo/estilo de liderança dos diretores de agrupamento e das escolas não agrupadas, respondendo, assim, à seguinte questão: que modelo/estilo de liderança desenvolvem os diretores das escolas não agrupadas e dos agrupamentos de escolas dos distritos de Viana do Castelo e de Braga? Para o efeito, utilizou-se um design/plano de investigação multimétodo, com a investigação a iniciar-se com uma abordagem quantitativa “major” (QUAN), na qual se recorreu ao inquérito por questionário de caracterização de estilo de liderança proposto por Glanz (2003) e ao inquérito por questionário Multifactor Leadership Questionnaire (MLQ) de Bass e Avolio (2004). Posteriormente, desenvolveu-se uma abordagem de carácter qualitativo “minor” (QUAL), com base em cinco entrevistas realizadas a cinco diretores escolhidos ao acaso (n=5). Neste caso, trata-se de uma amostra constituída por 46 participantes (n=46). Os resultados permitem concluir que a maioria dos diretores participantes se enquadra no estilo de liderança “empático dinâmico”, cujo “carisma suave” se torna uma vantagem mútua, sendo o mais sensível às necessidades das pessoas, de acordo com Glanz (2003). Por outro lado, a aplicação do instrumento MLQ de Bass e Avolio (2004), corroborando empiricamente “a liderança transformacional” como a mais eficaz, demonstrou como principais resultados os relativos aos Comportamentos de Reforço Contingente da Liderança Transacional, da Gestão por Exceção – Ativa, também um atributo da Liderança Transacional e, finalmente, o atributo Gestão por Exceção-Passiva do estilo de Liderança Laissez-Faire.
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