Summary: | Valerá ainda a pena trabalhar, como cientistas sociais, sobre o lusotropicalismo? Será o luso-tropicalismo, neste princípio do século XXI, um caso arrumado? Desde os estudos pioneiros de Florestan Fernandes e do nascimento da moderna sociologia brasileira, baseada em longos inquéritos de terreno, e desde o fortalecimento do movimento negro no Brasil e da concomitante crítica aos “mitos da democracia racial”, são poucos, hoje em dia, os investigadores que reivindicam abertamente o luso-tropicalismo e a obra de Gilberto Freyre, utilizando as suas categorias para as próprias pesquisas e análises, quer no Brasil, quer em Portugal. No entanto, alguns, embora poucos, continuam a corroborar o “mestre de Apipucos”. Mas não é este o problema principal.
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