Summary: | A crise socioeconómica dos últimos anos espoletou uma vaga de protestos em Portugal, de onde emergiram certos movimentos sociais que têm adotado performatividades no espaço público que, pelo seu frequente cruzamento de estratégias artísticas e ativismo político, adquirem um caráter artivista. Esta tese pretende analisar de que modo ações performativas artivistas – graças ao poder simbólico das suas formas de expressão apropriadas do campo das artes visuais e do espetáculo – têm contribuído para veicular representações de contrapoder, permitindo a qualquer cidadão obter uma voz na esfera pública com impacto político. Interpretou-se esse processo artístico de fazer política segundo um processo artístico de fazer antropologia, somando-se à dissertação escrita uma interpretação antropológica visual que, num exercício metaperformativo, levou à criação de uma videoinstalação multicanal com imagens de dez performances artivistas.
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