A Filosofia da Ciência no Portugal do século XX,

Das características políticas, ideológicas e institucionais da história portuguesa do século XX, uma se afirma como marcante para a filosofia da ciência: o lugar central do Estado Novo. Definidor de três períodos distintos - antes, durante e depois -, o regime do Estado Novo não proporcionou um ambi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fitas, Augusto José dos Santos (author)
Other Authors: Rodrigues, Marcial António Estrela (author), Nunes, Maria de Fátima (author)
Format: article
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10174/3759
Country:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/3759
Description
Summary:Das características políticas, ideológicas e institucionais da história portuguesa do século XX, uma se afirma como marcante para a filosofia da ciência: o lugar central do Estado Novo. Definidor de três períodos distintos - antes, durante e depois -, o regime do Estado Novo não proporcionou um ambiente intelectual favorável ao exercício da reflexão filosófica, coarctando a circulação de ideias, alheando-se da contemporaneidade filosófica e científica e impedindo a afirmação institucional do pensamento contemporâneo. A sua longa duração - cerca de quarenta anos - impediu a existência de continuidades reflexivas, obrigando o pensamento português a sucessivas situações de isolamento, inibidoras da criação de escolas de pensamento consequentes, quando as matérias não se enquadrassem nos parâmetros ideológicos vigentes. Esta situação dificulta a organização de uma história da filosofia da ciência em Portugal no século XX. Apenas no pensamento de inspiração católica, aceite pelo regime, se nota uma intervenção propiciadora de continuidade histórica.