Problemas urbanos levantados pela transição do Parque Expo para o Município de Lisboa

O surgimento dos problemas urbanos nos espaços públicos são o resultado de uma má usufruição ou utilização por parte das pessoas. As repercussões destes problemas podem ter diferentes efeitos pois dependem da origem e dos contextos territoriais em que emergem. Os processos de Gestão Urbana devem ass...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Gonçalves, João Miguel dos Santos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/33336
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/33336
Descrição
Resumo:O surgimento dos problemas urbanos nos espaços públicos são o resultado de uma má usufruição ou utilização por parte das pessoas. As repercussões destes problemas podem ter diferentes efeitos pois dependem da origem e dos contextos territoriais em que emergem. Os processos de Gestão Urbana devem assumir um papel importante na resolução dos problemas urbanos nas cidades, de forma a poder contribuir para um sistema territorial equilibrado e articulado e para uma melhor qualidade de vida urbana. O território oriental da cidade de Lisboa apresentava até meados da década de 90, um estado de crescente declínio industrial e problemas ambientais, pelo que surgiu a necessidade de mudar esta situação. A escolha da cidade de Lisboa para ser o palco de um grande evento mundial, foi encarado como uma oportunidade para implementar um projeto de Regeneração Urbana, tendo em conta a atribuição de novos usos e funções para um território decadente. O desafio da Expo 98 era de não seguir a experiência de Sevilha 92 e neste sentido o seu projeto urbanístico foi pensado para uma utilização do território a longo prazo ao integrar sobretudo a função residencial e a instalação de um conjunto diversificado de serviços sociais, atividades económicas e comerciais. A implementação do projeto urbanístico permitiu oferecer à cidade de Lisboa um novo território constituído por espaços públicos dotado de infraestruturas e equipamentos de elevada qualidade. A Parque Expo, para além de ter sido a entidade organizadora da exposição, encarregou-se também pela gestão do território da Expo 98, posteriormente designado de Parque das Nações até 2012, ano em que o estado português decide proceder à sua extinção. O município de Lisboa passou assim a assumir as competências de gestão territorial. A elevada usufruição do território e a forte pressão urbanística permitiu que começasse a surgir uma crescente degradação devido à ausência de uma manutenção e gestão urbana contínua do território. Os problemas urbanos no Parque das Nações começaram a intensificar-se nos últimos anos e atualmente os desafios para o território do Parque das Nações prendem-se com a necessidade de implementar um modelo de gestão urbana adequado e capaz de atender aos problemas e carências atuais, evitando que o território entre em declínio.