Summary: | Introducción: As úlceras de pressão (UP) são um problema de saúde pública e um indicador da má qualidade dos cuidados. A sua problematização é consensual em adultos mas não é reconhecida em pediatria, o que per si é um fator de risco. Apesar de consideradas raras em crianças, os estudos existentes têm revelado o contrário. Objetivo: Identificar o conhecimento atual acerca da localização anatómica mais frequente das UP em pediatria e quais as medidas preventivas mais eficazes. Método: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura on-line nas bases de dados CINAHL, Academic Search Complete e Elsevier Science, com descritores predefinidos. Foi adicionada uma pesquisa a partir das referências bibliográficas dos estudos seleccionados. A avaliação crítica dos resultados permitiu selecionar 5 artigos que respondem aos objetivos e critérios de inclusão estabelecidos: 3 estudos abordam as localizações anatómicas mais frequentes e 2 as medidas preventivas mais eficazes. Resultados: Apesar de haver divergências entre autores, as localizações mais frequentes são consideradas a região occipital e sacrococcígea. A discrepância é explicada pelas diferenças anatómicas entre crianças e pela mudança dos locais de pressão consoante o crescimento, da região occipital para a sacrococcígea. Quanto às medidas preventivas mais eficazes, e apesar da escassez de estudos de eficácia de materiais e de a maioria das medidas preventivas se basearem na eficácia em adultos; destacam-se as consultas de nutrição, a alternância de decúbitos, almofadas no alívio de pressão, superfícies adequadas e placas de gel. Conclusión: É vital o reconhecimento das UP em pediatria, taxas de incidência e prevalência, localizações anatómicas mais afetadas e medidas preventivas mais eficazes. Os estudos evidenciam discordâncias acerca da localização comum das UP em pediatria e escassez de evidência empírica sobre medidas preventivas de UP pediátricas sugerindo-se investigações futuras nesta área.
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