Summary: | O artigo discute a relação entre palavra e imagem, partindo da ideia de écfrase. Analisa a hipótese de equivalência entre descrição e objecto e defende a existência de uma possibilidade de entendimento, intuitiva, que se encontra para lá da descrição e, também, da superfície da imagem. Designa esta zona de conhecimento intuitivo de “nebulosa” e defende que ela se materializa numa imagem indefinida. Para tanto, recorre à distinção realizada por W.J.T. Mitchell, entre image e picture, para acrescentar uma terceira dimensão a esta estrutura – a da névoa. O que existe para lá ou no fundo da imagem é a névoa, noção que define a própria imagem.
|