Summary: | A Teoria da Vinculação (Bowlby, 1990) dá a conhecer a importância do envolvimento parental (Rocha, Mota, & Matos, 2011) e como este se repercute na autoestima do sujeito adulto (Demidenko, Tasca, Kennedy, & Bissada, 2010). Como tal o principal objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a vinculação, memórias de cuidados parentais e autoestima. Esta investigação permitiu reconhecer a diferenciação entre indivíduos seguros e inseguros e como estes padrões se relacionam com as variáveis enunciadas. Para tal, foi utilizada uma amostra de 200 indivíduos, 45 (22.5%) do sexo masculino e 155 (77.5%) do sexo feminino, com idades entre os 18 e os 59 anos (M = 28,74; DP = 10,00). Nesta investigação foi preparado um questionário sociodemográfico e aplicadas três medidas: Escala de Vinculação do Adulto (EVA; Canavarro., 1995), Memórias de Infância (EMBU; Canavarro., 1996; 1999) e o Questionário de Autoestima Global de Rosenberg (RSES; Faria., 2000). Os principais resultados sugerem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos Seguro e Inseguro para as memórias dos cuidados parentais e autoestima e observa-se uma relação entre as variáveis vinculação, memórias de cuidados parentais e autoestima. Reconhece-se desta forma a influência da vinculação sobre a dimensão parental e consequente desenvolvimento da autoestima.
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