Atratividade e memória para a aparência de faces associadas a contexto criminal e não criminal

Em determinados contextos, faces consideradas menos atraentes são frequentemente associadas a comportamentos criminais – o que faz parte do chamado “estereótipo criminal”. De uma maneira geral, a pessoas consideradas menos atraentes são associadas caraterísticas menos positivas, incluindo a propensã...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Parente, Cândida Raquel de Melo (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/14171
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/14171
Descrição
Resumo:Em determinados contextos, faces consideradas menos atraentes são frequentemente associadas a comportamentos criminais – o que faz parte do chamado “estereótipo criminal”. De uma maneira geral, a pessoas consideradas menos atraentes são associadas caraterísticas menos positivas, incluindo a propensão para o crime. É neste âmbito que surge o presente estudo, onde 40 participantes tiveram que visualizar faces associadas a etiquetas criminosas e não criminosas e, posteriormente, recordar-se da sua aparência facial, numa tarefa de manipulação da face, que variava implicitamente no seu nível de atratividade. Os resultados mostram que as faces do sexo masculino associadas a etiquetas criminosas foram recordadas como sendo menos atraentes que as faces associadas a etiquetas não criminosas. Para as faces do sexo feminino verificou-se o oposto. No entanto, estes resultados não atingiram o nível de significância. Observou-se ainda que as faces do sexo masculino foram recordadas como significativamente mais atraentes em comparação com as faces do sexo feminino, e que os participantes do sexo masculino avaliaram as faces como significativamente mais atraentes do que os participantes do sexo feminino. Numa tarefa de memória para a fonte, onde os participantes tinham que recordar o tipo de etiqueta que estava associada à face durante a exposição inicial, os resultados demonstraram que as associações entre as faces e as etiquetas criminosas foram melhor recordadas. Estes resultados contribuem para uma melhor compreensão dos processos de reconhecimentos em contextos criminais, tendo em vista o seu possível melhoramento.