Resumo: | O flow e a personalidade autotélica têm como base teórica a investigação de Csikszentmihalyi (1997), que definiu um indivíduo autotélico como alguém que realiza uma atividade pelo prazer da mesma e não pelo benefício externo (Csikszentmihalyi, 1997). Neste estudo pretende-se explorar a relação entre os níveis de flow experienciados numa população jovem e adulta portuguesa e a presença de dimensões da personalidade autotélica, com recurso a uma metodologia quantitativa. Para a recolha de dados foram utilizados como instrumentos: a Escala de Flow Disposicional-2- EFD-2 (Dispositional Flow Scale- DFS-2, versão original de Jackson & Eklund, 2002 e portuguesa de Gouveia, Pais-Ribeiro, Marques & Carvalho, 2012) e o Questionário de Personalidade Autotélica (QPA) (Tse et al. 2018, versão portuguesa de Ferreira, Fonte & Costa, 2021). A amostra consistiu em 455 indivíduos com idades compreendidas entre os 17 e os 67 anos. Os resultados demonstram que o flow e a personalidade autotélica estão positivamente associados encontrando-se algumas diferenças socio-demográficas quanto a estes mesmos construtos. Em suma, os resultados revelam que quantas mais experiências de flow mais traços da personalidade autotélica são apresentados pelos indivíduos sustentando a importância destes construtos para a saúde mental dos indivíduos e comunidades.
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