Interação criança-espaço no recreio interior: um estudo de caso no 1º CEB

O presente Relatório Final de Estágio visa dar a conhecer o estudo de caso desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Prática Pedagógica Supervisionada do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º Ciclo do Ensino Básico. O estudo tem como quadro conceptual a Teoria da Perceção Ecológica de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pinto, Teresa Margarida dos Santos (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/23021
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/23021
Description
Summary:O presente Relatório Final de Estágio visa dar a conhecer o estudo de caso desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Prática Pedagógica Supervisionada do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino no 1.º Ciclo do Ensino Básico. O estudo tem como quadro conceptual a Teoria da Perceção Ecológica de Gibson e a Abordagem Experiencial de Laevers e procura compreender as interações das crianças com o espaço de recreio interior, em situação de jogo livre, antes e após a intervenção no espaço. O estudo dividiu-se em 3 fases: (I) a primeira materializou a observação das interações das crianças com o espaço de recreio interior sem intervenção no espaço; (II) a segunda caracterizou-se pela observação das interações das crianças com o espaço de recreio interior com intervenção, dado o espaço reorganizado pela Professora Cooperante, e (III) a terceira compreendeu a observação das interações das crianças com o espaço de recreio interior com intervenção após a introdução de materiais. Os participantes do estudo são quatro crianças (duas raparigas e dois rapazes) do 3.º e 4.º anos de um Centro Escolar de Ílhavo, com idades compreendidas entre os 9 e 11 anos. As técnicas e instrumentos de recolha de dados consistiram: em entrevistas iniciais semiestruturadas; na observação naturalista, participante e não participante das crianças em contexto de recreio; em registos fotográficos e vídeo-gravações e, ainda, em conversas com os participantes e as Professoras Orientadora e Cooperante. A técnica de análise selecionada foi a análise de conteúdo, tendo-se recorrido ao software de análise qualitativa webQDA, versão 3.0, e codificado os dados em quatro categorias de análise: Implicação e Bem-Estar Emocional, Tipos de Jogo, Comportamento Social e Materiais e Equipamentos. Os resultados indicam níveis médios de Implicação e Bem-Estar, sendo o valor ligeiramente superior no género feminino. Os Comportamentos Sociais mais frequentes em todas as fases do estudo – sem e com intervenção – são o de Transição, o Diálogo com Crianças e o Observador. Após a introdução de materiais o Conflito diminuiu consideravelmente. Quanto à categoria Tipo de Jogo, na fase I destacam-se o Jogo Dramático, o R&T e os Comportamentos Observador e de Diálogo. Na fase II surge o Jogo de Atividade Física e o Jogo Construtivo. Na fase III a Dança é o jogo mais frequente, seguindo-se o Jogo Construtivo e o Jogo de Atividade Física. No que concerne aos materiais soltos, os pufs, os puzzles para construir e o jogo das Damas destacam-se.