Summary: | O envelhecimento é um processo fisiológico, gradual, previsível e inevitável, característico a todos os seres vivos. É um processo maturacional, determinado de forma genética, mas modulado de forma ambiental, não derivando exclusivamente de determinantes específicos, mas sim de um conjunto de factores, tais como hereditários e genéticos, o meio físico, social e psicológico. Embora alguns autores quantifiquem o envelhecimento como algo negativo, outros conseguem associar o fenómeno a algo positivo, onde não haja apenas perdas e limitações. No seu nível mais básico, uma imagem é vista como uma representação ou cópia da realidade, encontrada muitas vezes em certos tipos de quadros, estatuas e fotografia, que almejam apresentar uma autêntica “imagem-viva”. As imagens moldam e constituem concepções tanto de profissionais como de leigos, do que realmente significa envelhecer, e portanto, o tratamento que as pessoas mais velhas recebem. Desta forma, o estudo das imagens sobre o envelhecimento é o estudo das ideias que temos sobre o mesmo. Relativamente ao papel dos profissionais de saúde com pacientes idosos, estes têm também as suas imagens, representações e atitudes perante os idosos. Este estudo centra-se nas imagens da velhice e do envelhecimento emergentes nos profissionais que trabalham com idosos (médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de radiologia, fisioterapeutas, entre outros profissionais). Para atingir esse objectivo foi utilizado um questionário sociodemográfico e a escala imAges (Sousa, Cerqueira & Galante, 2008), aplicados a uma amostra de 211 profissionais de saúde. Os principais resultados indicam que os profissionais de saúde de um modo geral apresentam imagens sobre o envelhecimento mais negativas, sendo que as variáveis idade, profissão e experiência profissional parecem ter algum impacto na diferenciação das imagens.
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