Resumo: | Objectivo:. Avaliar a magnitude do erro das fórmulas usadas no cálculo de lentes intraoculares (SRKII, HofferQ, Holladay1, SRK-T) para comprimentos axiais extremos (<22mm e >26mm) e comparar o desempenho relativo destas fórmulas nos dois subgrupos. Métodos: Avaliaram-se retrospectivamente 78 olhos de 65 doentes, com biometria realizada no IolMaster®. Destes, 48 têm comprimento axial inferior a 22mm e 30 têm comprimento axial superior a 26mm. A refração prevista calculada pelas diferentes fórmulas foi comparada com a refração um mês após a cirurgia. Testou-se a correlação entre comprimento axial e erro verificado. Resultados: A refração final média foi 0,18±0,65D para comprimentos axiais inferiores a 22mm e -1,48±1,03D nos superiores a 26mm. O erro absoluto médio (diferença entre o cálculo de lente e refração final) para comprimentos axiais inferiores a 22mm foi menor na fórmula HofferQ, diferindo com significado estatístico da Holladay1 (p=0,016), mas não da SRK-T (p=0,350). Para comprimentos axiais superiores a 26mm, o erro absoluto médio foi menor na fórmula SRK-T. Diferiu com significado estatístico da Holladay1 (p=0,032), mas não da HofferQ (p=0,156). Houve correlação entre erro absoluto médio e comprimento axial em comprimentos axiais superiores a 26mm, para as fórmulas SRK-T (R=0,438, p=0,016), HofferQ (R=0,447, p=0,013) e Holladay1 (R=0,386, p=0,035). Conclusão: A HofferQ tem o melhor desempenho nos comprimentos axiais menores que 22mm e a SRK-T nos superiores a 26mm. A comprimentos axiais sucessivamente mais extremos corresponde um aumento estatisticamente significativo do erro absoluto médio nos comprimentos axiais superiores a 26 mm, mas não nos inferiores a 22mm.
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