Aprendizagens realizadas pelo professor e pelos alunos: reflexão no estágio profissionalizante.

Em Portugal, os mestrados profissionalizantes para a educação pré-escolar e para os 1.º e 2.º ciclos do ensino básico incluem a prática de ensino supervisionada (PES), correspondente ao estágio de natureza profissional e objeto de relatório final, a apresentar em provas públicas. Na nossa instituiçã...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Martins, Cristina (author)
Outros Autores: Pires, Manuel Vara (author), Sousa, João Sérgio de Pina Carvalho (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/21609
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/21609
Descrição
Resumo:Em Portugal, os mestrados profissionalizantes para a educação pré-escolar e para os 1.º e 2.º ciclos do ensino básico incluem a prática de ensino supervisionada (PES), correspondente ao estágio de natureza profissional e objeto de relatório final, a apresentar em provas públicas. Na nossa instituição, entre outros aspetos, este relatório deve apresentar e refletir sobre experiências de ensino e aprendizagem (EEA) realizadas nos ciclos de ensino e nas disciplinas de docência. Neste contexto, desenvolvemos um estudo de identificação, análise e sistematização das vertentes – conteúdo e profundidade – das reflexões escritas apresentadas por futuros professores nos seus relatórios finais de estágio, realizados no ano letivo de 2014-15, num total de doze, no âmbito do Mestrado em ensino do 1.º e do 2.º ciclo do ensino básico lecionado na ESE-IPB, centrando-nos especificamente nas experiências de ensino e aprendizagem desenvolvidas na área da Matemática. Foi possível, até ao momento, verificar que, de entre as três categorias de análise definidas: (i) planificação da EEA; (ii) desenvolvimento da EEA; e (iii) aprendizagens efetuadas na EEA, a percentagem maior de ocorrências do conteúdo da reflexão incidiu na categoria Desenvolvimento da EEA. Relativamente à profundidade ficou evidenciada a presença de todos os níveis de reflexão, sendo que a maior percentagem de cada nível considerado, a saber: (i) nível de recordação; (ii) nível de racionalização; e (iii) nível de reflexividade, corresponde a uma categoria distinta. Destaca-se que foi na categoria Aprendizagens realizadas na EEA, sobretudo, nos indicadores da subcategoria Aprendizagens do professor, que foram atingidas percentagens do nível de reflexividade próximas ou acima de 70%. Convirá dizer que este nível se verifica quando o futuro professor aborda as suas experiências com a intenção de mudar ou melhorar no futuro, analisando as suas experiências a partir de várias perspetivas. Nesta comunicação, é nossa intenção dar respostas à questão: Na categoria Aprendizagens realizadas na EEA, afinal, sobre que aspetos refletem os futuros professores e com que profundidade? Portanto, se nas etapas anteriores deste estudo conduziram à determinação de categorias e subcategorias analíticas, bem como de indicadores e respetivas percentagens de incidência a nível de conteúdo e profundidade alcançadas, nesta fase o objetivo da análise foi fundamentalmente de transcender a análise realizada e determinar o tipo e forma das representações dos sujeitos em relação aos itens definidos na fase de categorização. Dos resultados observados, verificou-se que os indicadores “fatores que contribuíram ou dificultaram a aprendizagem” e “o que aprendeu o professor com esta EEA” registaram 0% no nível de recordação e, respetivamente, 30,77% e 27,27% no nível de racionalização e 69,23% e 72,73% no nível de reflexividade. O indicador “dificuldades sentidas” manifesta-se na sua totalidade no nível de reflexividade. A título de exemplo, quando um dos futuros professores registou que a resolução de uma dada tarefa teria sido mais produtiva se os grupos fossem similares, demonstra ter alcançado o nível 3 na profundidade sobre o indicador “dificuldades sentidas”, neste caso concreto sobre a forma de organização do trabalho dos alunos.