Cooperação e desenvolvimento humano na área da saúde: uma experiência na Guiné-Bissau

A presente reflexão resulta das experiências vivenciadas e enquadradas em dois projetos na área da saúde na República da Guiné-Bissau (RGB): do Banco Mundial (BM) – “Curso de Formação Pós-Graduada de Médicos” – de 1997 a 2006; e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) – “Reorganização e Gestão do...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Salgado, Paulo (author)
Other Authors: Pereira, Paulo Almeida (author)
Format: article
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/23036
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/23036
Description
Summary:A presente reflexão resulta das experiências vivenciadas e enquadradas em dois projetos na área da saúde na República da Guiné-Bissau (RGB): do Banco Mundial (BM) – “Curso de Formação Pós-Graduada de Médicos” – de 1997 a 2006; e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) – “Reorganização e Gestão do Hospital Nacional Simão Mendes”. Apresenta-se uma breve descrição dos dois projetos, realçando-se a importância da organização, planeamento e gestão em saúde no contexto de elevada escassez num país africano da África Subsariana: o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), de Bissau. Tratou-se de definir estratégias em colaboração íntima com os atores locais que permitissem uma reorientação da atividade hospitalar em diversos domínios, designadamente, formação de quadros, desenvolvimento profissional, afetação de recursos, sistema de informação, apoio logístico e envolvimento dos diversos stakeholders. O texto analisa as diversas aprendizagens profissionais e a projeção do conhecimento para reflexão na ação: (i) a problemática da cooperação e sua ligação aos direitos humanos; (ii) os recursos humanos como fator de desenvolvimento no contexto africano; e (iii) saúde em rede como solução adaptável à realidade dos países em desenvolvimento. As conclusões atêm-se às matérias que consideramos prioritárias para uma cooperação baseada na ética, na reciprocidade de direitos entre os Estados e na dignidade dos povos, em que os recursos humanos e o estabelecimento de redes na atenção à saúde são fundamentais, como fator de desenvolvimento humano.