A identidade cabo-verdiana na diáspora: a elite letrada em Lisboa

Cabo Verde, localizado na Costa africana e colonizado por Portugal, gerou uma cultura híbrida, com traços africanos e europeus. Uma cultura também voltada para a emigração. Portugal vem sendo um dos palcos de histórias da imigração cabo-verdiana. Há imigrantes cabo-verdianos em Lisboa que encontrara...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Miranda, Rosângela Barros Alfama (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/12031
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/12031
Description
Summary:Cabo Verde, localizado na Costa africana e colonizado por Portugal, gerou uma cultura híbrida, com traços africanos e europeus. Uma cultura também voltada para a emigração. Portugal vem sendo um dos palcos de histórias da imigração cabo-verdiana. Há imigrantes cabo-verdianos em Lisboa que encontraram nas associações uma forma de dar respostas às dificuldades e para defenderem e divulgarem a sua identidade. Existe uma que nos chamou atenção: as pessoas assumem a identidade cabo-verdiana, dizem-se portugueses nascidos em Cabo Verde e como tal não se consideram imigrantes. Chegaram a Portugal nas décadas de 60/70. Contam estórias, paralelas à história política e social de Cabo Verde e de Portugal e inauguraram o ensino secundário de Cabo Verde. Ocuparam, e muitos ainda ocupam, altos cargos profissionais, em Portugal e assim foi nas ex-colónias. Depois do 25 de Abril de 1974 em Portugal e das independências das ex-colónias escolheram Portugal para viverem. Nasce assim na década de 80, a “Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde”. Este trabalho faz um retrato deste grupo a que foi chamado de “elite”. Quem são e o que fazem enquanto associação, nesta tarefa de preservar e divulgar a identidade que assumem, e que identidade? A convivência com eles na sede e a análise das suas actividades ajudaram-nos a compreender um pouco esta associação. Uma identidade vivida de forma racional, já que tudo o que é protagonizado tem um porquê e uma finalidade em ensinar a cultura de Cabo Verde a quem lá entra.